terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cargas desnecessárias (Redação do Momento Espírita)



        Conta-se que um homem caminhava vacilante pela estrada. Em uma das mãos levava um tijolo e, na outra, uma pedra.

        Nas costas carregava um saco de terra e do pescoço pendiam algumas vinhas.

        Completando a inusitada carga, equilibrava sobre a cabeça pesada abóbora.

        Sua figura chamava a atenção e um transeunte o deteve e lhe perguntou:

        Por que você carrega esta pedra tão grande?

        O viajante olhou para a mão e comentou:

        Que estranho! Eu nunca havia notado que a carregava.

        Assim dizendo, lançou fora a pedra, continuando sua marcha, sentindo-se agora bem melhor.

        Mais adiante, outro transeunte, lhe indagou:

        Você parece muito cansado. Mas, por que carrega uma abóbora tão pesada?

        Estou contente que me tenha perguntado. – falou o viajante. Eu nem havia notado o que estava fazendo comigo mesmo.

        Então, jogou para longe a abóbora, prosseguindo a andar com passos mais leves.

        Assim foi pelo caminho todo. Cada pessoa que ele encontrava, lhe falava de um dos pesos que ele levava consigo.

        Por sua vez, o viajante os ia descartando, um a um, até se tornar um homem livre, caminhando como tal.

        Seus problemas, acaso, eram a pedra, o tijolo, a abóbora?
Naturalmente, não.

        Era a falta de consciência da existência delas.

        Quando as viu como cargas desnecessárias, lançou-as longe, liberando-se.

        Esse é o problema de muitos de nós.

        Carregamos a pedra dos pensamentos negativos, o tijolo das más impressões, a pesada carga de culpas por coisas que não se poderia ter evitado.




        Penduramos ao pescoço a autopiedade, conceitos de punição e de que tudo está perdido, sem solução.

        Não é de nos admirarmos, pois, que nos sintamos tão cansados, sem energia!

        Portanto, hoje, verifiquemos se estamos carregando a canga da mágoa, o mármore do remorso, a lápide da culpa.

        Seja um tijolo de recriminações ou uma grande pedra de queixas, lancemos tudo longe.




        Aprendamos a nos libertar e sintamo-nos mais leves, seguindo pela estrada da vida como quem anda ao sol, em plena primavera, aspirando o ar das manhãs, enchendo pulmões e oxigenando o cérebro.

        Desafoguemos o coração dos quilos de mágoa e vivamos lúcidos, perseguindo objetivos maiores.

        Não culpemos a outrem pelo nosso desânimo e nosso cansaço.

        Olhemos para nós mesmos, conscientizemo-nos das cargas desnecessárias, tomemos as devidas providências.

        Sigamos felizes, leves, conscientes, perseguindo metas de saber, luz, paz, felicidade.

                                                        *   *   *

        Mantém a tua consciência desperta. Não te deixes consumir pelo desalento ou por qualquer sentimento de incapacidade.

        Aprimora-te sempre. Ilumina-te sempre e trabalha para alcançares a felicidade, que tanto anseias.



Redação do Momento Espírita, com base em história de autor desconhecido.

Em 24.09.2008.

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