sexta-feira, 17 de junho de 2011

PRETÉRITO IMPERFEITO




Fica-nos, então,
instantes que passam,
fugidios,
como os moços anônimos,
-ora mansos, ora intensos,
diante da minha elegância.
A noite é de versos,
de respirações,
de velas acesas.
E eu, a avessar-me,
a tentar tuas cores,
e só por hoje,
ser um pouco eterna.


Fica-nos, então,

as frases,
que teimam-se tortas,
os sorrisos despercebidos
e uma música triste.
Mas, há paz.
Foi-se o amor infinito,
tornamo-nos conto,
e ainda que haja um não-querer,
sinto uma leve saudade.

 Poema gentilmente enviado por minha querida amiga Caliê.

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