segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aïvanhov - Anarquia interior; Momentos encantados


"Alguém diz: «Eu sou o único mestre de mim mesmo, e ninguém tem o direito de impor-me a sua vontade». 

Pobrezinho... É verdade que ele se governa? Quando digo 'ele', subentendo o seu Eu divino. Pois bem, não é certo que seja assim. 

Outros pegaram o seu lugar: forças caóticas, trevosas, paixões que ele deixa livres dentro de si. Porém, o seu verdadeiro Eu é como um prisioneiro trancado em alguma masmorra, é alimentado com alguns farelos de pão e um pouco de água, sofre e está infeliz. 

Quantas pessoas se acham livres e poderosas! Talvez elas consigam, pelo menos por um momento, impor-se a quem as rodeiam ou mesmo a todo um país. Mas a sua liberdade e o seu poder são apenas aparentes. 

Nessas pessoas reina a anarquia, e a anarquia interior é bem mais grave e perigosa do que a anarquia política ou social. É essa anarquia que enche as prisões, as clínicas e os manicômios. Até quando? 

Até o momento em que os seres humanos, conscientes e atentos, conseguirem restabelecer dentro de si a autoridade do princípio divino."


- X -



"A atenção alimenta o amor, alimenta a vida. Então, prestem atenção nas árvores, nas flores que encontram pelo caminho, nas gotas de orvalho, nas borboletas, nos pássaros. 

Vocês também podem compreender esse conselho internamente, pois, dentro de vocês, também existem borboletas que esvoaçam de flor em flor e pássaros que cantam. 

Às vezes, abrindo a sua janela pela manhã, vocês se sentem habitados por presenças invisíveis, semelhantes àquelas que estão presentes nas fábulas, e é como se as gotas de orvalho brilhassem sobre as folhas da sua alma. Estejam atentos para essa sensação, não a deixem desaparecer sem procurar mantê-la ao menos por um momento."

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Mensagem recebida em italiano 
da Edizioni Prosveta e traduzida para o
português (brasileiro).

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