quinta-feira, 8 de setembro de 2011

E por fim, deu-lhe o nome de Amor... (Caliê)









E por fim, deu-lhe o nome de Amor
e a fez transbordar de brilho e carinho.

Se asas não tiveres,
ao menos olhe em minha direção,
e meus olhos tão inquietos
estarão a fitar-lhe o encanto.

Se lhe pareço distante e peregrino,
peço apenas que rume ao meu alcance,
sem pausa nem descanso,
em tuas madrugadas de ninguém.

Será tua, toda a minha alma.
Conhecerás meu coração,
como conheces cada entranha do mar
onde te deitas todas as noites.

Eu te darei o nome mais lindo,
e tão sincero serei ao chamar-te,
que meu grito ecoará em todo o céu
por milhões de anos-luz.

Os dois, juntos, passaram à longas conversas
E uma alegria, que não sabiam resistir.
Ele, correndo pela areia macia,
e ela pairando no céu estrelado.

E assim foi a noite.
Breve, como sempre é
o tempo da felicidade.

Serás tu, aurora, a despontar em meus olhos?
Serás tu, a trazer-me o pranto do amanhecer,
e a roubar-me a beleza que a noite me traz?
Não agora, eu imploro!

Assim como veio, tão veloz a noite se foi.



(Poema publicado com o gentil consentimento da própria autora: Caliê)


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