XIX
ENQUANTO a magna espuma de Ilha Negra,
o sal azul, o sol nas ondas te molham,
eu contemplo os trabalhos da vespa
empenhada no mel de seu universo.
Vai e vem equilibrando seu reto e ruivo vôo
como se deslizasse de um arame invisível
a elegância do baile, a sede de sua cintura.
e os assassinatos do ferrão maligno.
De petróleo e laranja é seu arco-íris,
busca como um avião entre a erva,
como um rumor de espiga, voa, desaparece,
enquanto tu sais do mar, nua,
e regressas ao mundo cheia de sal e sol,
reverberante estátua e espada da areia.
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