segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cem Sonetos de Amor - XIX (Pablo Neruda)




XIX

ENQUANTO a magna espuma de Ilha Negra,
o sal azul, o sol nas ondas te molham,
eu contemplo os trabalhos da vespa
empenhada no mel de seu universo.

Vai e vem equilibrando seu  reto e ruivo vôo
como se deslizasse de um arame invisível
a elegância do baile, a sede de sua cintura.
e os assassinatos do ferrão maligno.

De petróleo e laranja é seu arco-íris,
busca como um avião entre a erva,
como um rumor de espiga, voa, desaparece,

enquanto tu sais do mar, nua,
e regressas ao mundo cheia de sal e sol,
reverberante estátua e espada da areia.

Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda




To Luthien Tinuviel, Sonya Marmeladov, Daphne ... Wonderful women of the world literature that made up the mosaic of my ideal of romantic love. My Soul Mate, I know you there and thank you for that.

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