A morte para quem ama
Não tem mistério ou poder…
O amor encontra na morte
Um novo modo de ser.
Olha sempre o que produzes
Se bem ou mal, luz ou treva,
Que a morte faz o retrato
Da vida que a gente leva.
Toda morte que a pessoa
Não pede, nem abrevia,
É a bênção da liberdade
Na aurora de novo dia.
Ninguém se acaba na morte,
Toda morte é uma saída
Para aquilo que se busca
Nas ânsias da própria vida.
Para quem trabalha e serve
Sem desertar do caminho,
A morte é a brisa da paz
Chegando devagarinho.
Quem foge às lutas da vida
Atira-se ao desamparo;
Em qualquer parte do mundo,
Rebeldia custa caro.
Morta a lagarta? Qual nada!…
Inércia não é o fim…
Transformou-se em borboleta
Ao claro sol do jardim.
Morte, luto, cinza e sombra
Não te aflijas!… Passarão…
O dia nasce de novo
Em meio da escuridão.
Fidelis Alves
Rosas com amor,
Francisco Cândido Xavier
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