BRINCAR DE CIRCO
Olha que circo diferente
bem debaixo dessa lua:
não tem pipoca, nem gente,
e o picadeiro é a rua.
As crianças são os artistas,
com tochas de fogo na mão.
Brincam de malabaristas
para ganhar um tostão.
Cuidado, menino! Cuidado!
Brincar com fogo machuca um bocado!
Olha só que circo estranho
bem debaixo do sinal:
a bailarina não tomou banho
e é magra feito perna de pau.
Em cada nariz colorido,
há um quê de escuridão.
O público que passa escondido,
nem presta muita atenção.
Coitado, menino! Coitado!
Palhaço da rua sempre humilhado!
Olha só que circo triste:
só gente pequena trabalha lá.
Eles nem sabem que existe
a lei que criança nasceu pra brincar.
Quem vive no circo tem muita sorte,
mas circo da vida é sem emoção.
Crianças brincando no globo da morte,
infância em troca de um pouco de pão.
O assalto, menino! O asfalto!
Cuidado com o carro na contramão!
Olha que circo diferente:
ninguém paga pra entrar.
O palhaço não tem dente,
e sorri quase a chorar...
Não chora, menino! Implora!
Quem sabe alguém aprende a escutar...
Olha que circo diferente
bem debaixo dessa lua:
não tem pipoca, nem gente,
e o picadeiro é a rua.
As crianças são os artistas,
com tochas de fogo na mão.
Brincam de malabaristas
para ganhar um tostão.
Cuidado, menino! Cuidado!
Brincar com fogo machuca um bocado!
Olha só que circo estranho
bem debaixo do sinal:
a bailarina não tomou banho
e é magra feito perna de pau.
Em cada nariz colorido,
há um quê de escuridão.
O público que passa escondido,
nem presta muita atenção.
Coitado, menino! Coitado!
Palhaço da rua sempre humilhado!
Olha só que circo triste:
só gente pequena trabalha lá.
Eles nem sabem que existe
a lei que criança nasceu pra brincar.
Quem vive no circo tem muita sorte,
mas circo da vida é sem emoção.
Crianças brincando no globo da morte,
infância em troca de um pouco de pão.
O assalto, menino! O asfalto!
Cuidado com o carro na contramão!
Olha que circo diferente:
ninguém paga pra entrar.
O palhaço não tem dente,
e sorri quase a chorar...
Não chora, menino! Implora!
Quem sabe alguém aprende a escutar...
(Poema gentilmente cedido pela própria autora:
Ana Carolina H. P. S.)
Bom dia,
ResponderExcluirVisitei seu blog e achei as fotos muito chocantes.
É nossa realidade...
Estou montando material para uma apresentação sobre antropologia da criança e gostaria de saber se posso fazer uso de algumas imagens desse blog para meu trabalho.
Fico no aguardo
att
Vivian
Vivian,fique completamente à vontade para coletar e utilizar qualquer material do meu blog. Ainda mais por tratar-se do esclarecimento de pessoas sobre as condições absurdas a que nossas crianças estão submetidas.
ResponderExcluirObrigado por apreciar.
Abraços,
Marcos