A EVOLUÇÃO DA FORMA
Toda forma que vês
Tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
Permanece o original.
As belas figuras que viste,
As sábias palavras que escutaste,
Não te entristeças se pereceram.
Enquanto a fonte é abundante,
O rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos dois se detém?
A alma é a fonte,
E as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
E sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
Uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
Depois, te tornaste planta,
E mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?
Finalmente foste feito homem,
Com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
Vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
Decerto hás de regressar como anjo;
Depois disso, terás terminado de vez com a terra,
E tua estação há de ser o céu.
Passa de novo pela vida angelical,
Entra naquele oceano,
E que tua gota se torne mar,
Cem vezes maior que o Mar de Oman.
Abandona este filho que chamas corpo
E diz sempre, "Um", com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.
Toda forma que vês
Tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
Permanece o original.
As belas figuras que viste,
As sábias palavras que escutaste,
Não te entristeças se pereceram.
Enquanto a fonte é abundante,
O rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos dois se detém?
A alma é a fonte,
E as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
E sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
Uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
Depois, te tornaste planta,
E mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?
Finalmente foste feito homem,
Com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
Vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
Decerto hás de regressar como anjo;
Depois disso, terás terminado de vez com a terra,
E tua estação há de ser o céu.
Passa de novo pela vida angelical,
Entra naquele oceano,
E que tua gota se torne mar,
Cem vezes maior que o Mar de Oman.
Abandona este filho que chamas corpo
E diz sempre, "Um", com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.
Jalal ud-Din Rumi*
(Texto extraído do livro "Poemas Místicos" - Editora Attar)
(Texto extraído do livro "Poemas Místicos" - Editora Attar)
- Nota de Wagner Borges: Jalal Ud-Din Rumi foi um brilhante poeta sufi que viveu no século 13, na antiga cidade persa de Balkh, onde hoje é o Afeganistão. É considerado como um dos grandes poetas místicos da antiguidade. Seus escritos exalam aquele perfume espiritual que só o coração reconhece. Para ele, Deus não era apenas o Senhor, mas "O Amado". Ler os seus lindos poemas cheios de amor pelo Eterno é uma honra e uma inspiração.
"Todo átomo, feliz ou miserável, gira apaixonado em torno do sol..."
ResponderExcluirRumi