segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cem Sonetos de Amor - XXVIII (Pablo Neruda)


 


XXVIII

AMOR, de grão a grão, de planeta a planeta,
a rede do vento com seus países sombrios,
a guerra com seus sapatos de sangue,
ou melhor o dia e a noite da espiga.

Por onde fomos, ilhas ou pontes ou bandeiras,
violinos do fugaz outono atormentado,
repetiu a alegria dos lábios do copo,
a dor nos deteve com sua lição de pranto.

em todas as repúblicas desenvolvia o vento
seu pavilhão impune, sua glacial cabeleira,
e logo regressava a for a seus trabalhos.

Mas em nós nunca se calcionou o outono.
E em nossa pátria imóvel germinava a crescia
o amor com os direitos do orvalho.

Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda


To Luthien Tinuviel, Sonya Marmeladov, Daphne ... Wonderful women of the world literature that made up the mosaic of my ideal of romantic love. My Soul Mate, I know you there and thank you for that.

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