quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cem Sonetos de Amor - XXXI (Pablo Neruda)





XXXI


COM LOUREIROS do Sul e orégão de Lota
cinjo-te a coroa, pequena monarca de meus ossos,
e não pode faltar-te essa coroa
que elabora a terra com bálsamo e folhagem.

És, como o que te ama, das províncias verdes:
de lá trouxemos barro que nos corre no sangue,
na cidade andamos, como tantos, perdidos,
temerosos de que fechem o mercado.

Bem-amada, tua sombra tem olor de ameixa,
teus olhos esconderam no Sul suas raízes,
teu coração é uma pomba de alcanzia,

teu corpo é liso como as pedras na água,
teus beijos são cachos com orvalho,
e eu a teu lado vivo como a terra.


Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda



To Luthien Tinuviel, Sonya Marmeladov, Daphne ... Wonderful women of the world literature that made up the mosaic of my ideal of romantic love. My Soul Mate, I know you there and thank you for that.

Nenhum comentário:

Postar um comentário